A operação para resgatar a publicitária Juliana Marins, de 29 anos, que está isolada perto do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, enfrenta grandes desafios. O terreno dificulta o acesso e impede o uso de helicópteros, enquanto a baixa visibilidade e a umidade do solo atrasam as buscas e levam Juliana a se mover para áreas ainda mais perigosas.
Juliana sofreu uma queda na última sexta-feira (20) durante uma trilha. Ela teria despencado cerca de 300 metros ao sair do caminho principal. Segundo relatos, a publicitária ficou para trás depois de dizer que estava cansada, enquanto o guia, Ali Mustafa, continuou com o restante do grupo rumo ao topo do vulcão. No retorno, o guia não a encontrou no ponto onde a havia deixado.
A jovem foi localizada graças a outro grupo de trilheiros que utilizava um drone para sobrevoar a região. As imagens captadas ajudaram a identificar Juliana e possibilitaram o contato com seus familiares, que estavam sem notícias desde a tarde de sábado (21), no horário local.
Natural de Niterói (RJ), Juliana é formada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalha com publicidade. Já passou por canais como Multishow e Canal Off, do Grupo Globo. Nas redes sociais, costuma compartilhar fotos de viagens e da prática de pole dance, esporte no qual já competiu.
Desafios na operação de resgate
A família contestou informações de autoridades locais e da Embaixada do Brasil em Jacarta, que afirmavam que Juliana teria recebido alimentos e abrigo durante o isolamento. Segundo os parentes, essas informações não são corretas.
O Itamaraty informou que, após contato dos familiares, acionou as autoridades da Indonésia, que enviaram equipes de resgate ao local. A região onde Juliana está fica a cerca de quatro horas da cidade mais próxima.
Com 3.726 metros de altura, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e atrai turistas do mundo todo. Localizado dentro de um parque nacional com mais de 40 mil hectares, o vulcão abriga o lago Segara Anak, famoso por suas águas termais. A trilha até o cume pode levar até quatro dias e costuma começar nas cidades de Senaru ou Sembalun.
Juliana está em um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, passando por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. A trilha no Rinjani estava prevista para durar três dias, entre os dias 20 e 22 de junho.
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