O coronel Ricardo Pires de Almeida, da Polícia Militar do Piauí, denunciado por estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos, permanece ativo na corporação e recebe salário mensal de R$ 23 mil. O oficial atua em funções administrativas no Batalhão de Guardas, mesmo após a repercussão do caso e da acusação formal oferecida pelo Ministério Público.

Ricardo Pires foi preso preventivamente em 31 de outubro de 2024, mas foi solto oito dias depois, por decisão do desembargador Joaquim Santana, do Tribunal de Justiça do Piauí. A denúncia contra o coronel foi apresentada em março deste ano pelo promotor Petrônio Henrique Cavalcante, com base em investigações conduzidas na cidade de Paulistana, onde os abusos teriam ocorrido.

O MP afirma que os crimes aconteceram em quatro ocasiões, a primeira delas em 22 de outubro do ano passado, na casa dos avós da vítima, sogros do policial. No inquérito, constam depoimentos, vídeos de câmeras de segurança e gravações de áudio. A vítima, hoje com 11 anos, relatou que os abusos começaram quando tinha 10, durante visitas do policial à residência da família.

A mãe da criança denunciou o caso em vídeo publicado em outubro de 2024, pedindo que as autoridades tomassem providências. A Polícia Militar do Piauí ainda não confirmou se abrirá processo administrativo disciplinar contra o coronel.