Suzana Moreno Uma investigação recente expôs um esquema de exploração sexual de meninas entre 11 e 15 anos na região metropolitana de Teresina. Segundo apuração exibida pelo programa "Domingo Espetacular", da Record TV, os aliciadores atuam em locais movimentados, como margens de rodovias e bares, onde observam motoristas e oferecem programas com adolescentes. Em um dos casos, as vítimas estavam escondidas em uma casa próxima, sob os cuidados de uma idosa que já responde por crimes relacionados à exploração infantil.
Durante uma operação noturna, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou o uso do imóvel citado para práticas ilegais. Embora nenhuma menor tenha sido encontrada no local no momento da ação, a idosa responsável já foi presa anteriormente pelo mesmo tipo de crime e hoje responde em liberdade. A polícia mantém a vigilância em pontos considerados vulneráveis e reforça a importância de denúncias para interromper essas redes.
De acordo com dados da PRF, o estado do Piauí possui quase 2.500 locais críticos identificados, como estacionamentos de caminhões, motéis e cruzamentos afastados. Elementos como consumo de álcool, falta de iluminação e áreas isoladas favorecem a atuação dos criminosos, dificultando a proteção das vítimas e a fiscalização constante por parte das autoridades.
A juíza Maria Luísa de Moura Melo e Freitas, que atua no Tribunal de Justiça do Piauí, relatou o impacto emocional de lidar com esse tipo de crime. Segundo ela, o trabalho na vara de medidas protetivas exige equilíbrio emocional constante. A PRF reforça que qualquer suspeita deve ser denunciada por meio do Disque 100 ou diretamente à polícia, para garantir o acolhimento das vítimas e a responsabilização dos envolvidos.
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