O suspeito de ser o mandante da execução do cabeleireiro José Carlos da Silva Santos, morto a tiros em março deste ano dentro do seu próprio salão, foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (5). Segundo a investigação, a vítima foi morta por atender clientes que o suspeito considerava como seus inimigos.
Segundo o delegado Danúbio Dias, o suspeito já vinha realizando ameaças contra a vítima meses antes do homicídio. “Ele alertou a vítima de que, se ele continuasse a cortar cabelo desses indivíduos, a vítima poderia sofrer represálias e até ser assassinada. A vítima inicialmente teve cautela, chegou a fechar a barbearia, mas retornou e as ameaças foram concretizadas”, contou.
A investigação também apurou que o mandante havia recebido áudios do autor dos disparos em que explicava como teria executado o plano criminoso. José Carlos chegou a ser socorrido, mas morreu após três dias internado.
“Ele mandou isso [áudios] porque depois do crime a notícia de que a vítima tinha sobrevivido tinha se espalhado e o atirador, para prestar contas a ele, enviou esses áudios de que tinha atirado duas vezes na cabeça da vítima”, detalhou o delegado.
Outro ponto levantado pela Polícia Civil foi a perseguição realizada, por meio virtual, contra o cabelereiro. Segundo o delegado, a vítima vinha tendo suas redes sociais monitoradas pelo suspeito, a fim de descobrir quem frequentava o salão.
“A vítima divulgava o trabalho dela como qualquer microempresário divulga o trabalho dela nas redes sociais. E ele via a vítima tirando foto com esses indivíduos. Ele foi preso ano passado por tráfico de drogas e foi solto recentemente com a tornozeleira”, disse Danúbio Dias.
Após ser preso, o mandante do crime, que não teve a identidade divulgada, confessou que ameaçava a vítima, mas negou ter contratado alguém para matar o rival. O DHPP afirmou que o suspeito preso hoje é membro de uma facção criminosa e que vinha utilizando tornozeleira eletrônica.
Os dois outros homens que participaram do crime continuam foragidos.
Fonte: A10+
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