Quinta, 17 de julho de 2025, 03:56
TERESINA

Por falta de provas, Lokinho e ex não vão a júri popular em acidente que matou duas mães

Com isso, o processo segue como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, decidiu nesta quarta-feira (18) que o influenciador digital Pedro Lopes, conhecido como “Lokinho”, e o ex-companheiro dele, Stanlley Gabryell, não devem ser levados a júri popular pelo acidente que resultou na morte de duas mulheres e deixou duas crianças feridas, em outubro de 2024, na BR-316, zona Sul de Teresina.

  

Namorado de influenciador Lokinho é preso após atropelamento que matou duas mulheres em Teresina Foto: Reprodução.

   

A decisão aponta que não há provas suficientes para sustentar a tese de homicídio com dolo eventual, ou seja, quando o agente assume o risco de provocar a morte. Com isso, o processo segue como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

De acordo com a magistrada, os laudos periciais e os depoimentos de testemunhas não comprovaram que o veículo conduzido por Stanlley Gabryell, sem habilitação, estivesse em velocidade incompatível ou tenha feito manobras para atingir as vítimas.

“A prova constante dos autos não comprova a descrição contida na denúncia de que o condutor do veículo teria mudado repentinamente de faixa para assustar as vítimas”, escreveu a juíza em sua decisão.

O Ministério Público do Piauí recorreu da decisão e pede que os réus sejam submetidos ao tribunal do júri. Agora, caberá ao Tribunal de Justiça do Estado avaliar o recurso e decidir se mantém a decisão de primeira instância ou se determina a reavaliação do caso.

O acidente ocorreu em 6 de outubro de 2024, na BR-316, quando Stanlley Gabryell dirigia um veículo do modelo Ranger, emprestado por Lokinho. O carro atropelou e matou Marly Ribeiro da Silva e Kassandra de Sousa Oliveira, que caminhavam pelo acostamento com duas crianças ambas feridas.

Imagens de câmeras de segurança chegaram a registrar o momento do atropelamento, mas a perícia não constatou excesso de velocidade nem ação deliberada para atingir o grupo. Stanlley chegou a ser preso preventivamente e permaneceu detido por cinco meses, sendo solto em 13 de junho deste ano.


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