O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta terça-feira (15) todos os atos da Operação Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef. Com a decisão, ficam sem efeito todas as medidas tomadas pelo ex-juiz Sergio Moro no processo.
Toffoli afirmou que houve um conluio entre Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o que comprometeu o direito de defesa do investigado. Segundo o ministro, a condução do caso teve “cartas marcadas” para garantir a condenação de Youssef, com uma mistura indevida entre as funções de acusar e julgar.

Entre os elementos citados por Toffoli está a gravação não autorizada de conversas do doleiro em uma cela da PF, em 2014. A defesa afirma que o áudio foi feito por 11 dias e usado para pressionar Youssef a assinar um acordo de colaboração premiada.
Apesar de anular os atos da Lava Jato contra o doleiro, o ministro manteve válido o acordo de delação firmado por ele. Youssef foi preso em 2014, passou à prisão domiciliar em 2016 e, no ano seguinte, recebeu autorização para cumprir pena em regime aberto.
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