O governo do Piauí firmou contrato com uma empresa de consultas médicas online no valor de R$ 379 milhões, com dispensa de licitação. O acordo, válido até dezembro de 2025, apresenta divergências nos cálculos registrados no documento oficial. As informações foram divulgadas pelo site Manchete Nacional.
O contrato estabelece que cada teleconsulta com clínico geral custaria R$ 1,25 por habitante do estado, totalizando R$ 49,3 milhões. No entanto, com base na população de 3.289.290 pessoas, o valor correto seria R$ 4,1 milhões. Já as consultas com especialistas, estimadas em R$ 2,75 por habitante, foram calculadas em R$ 108 milhões, mas o valor real seria de R$ 9,04 milhões.
A diferença entre os valores registrados e os valores reais elevou o total do contrato de R$ 180 milhões para R$ 379 milhões. Os recursos utilizados são oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS) e deveriam ser aplicados em ações como compra de medicamentos, atenção básica e manutenção de ambulatórios.
Em nota, o governo do Piauí informou que o contrato teve a legalidade reconhecida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas não comentou as falhas nos cálculos. O governador Rafael Fonteles (PT), que também preside o Consórcio Nordeste, é formado em Matemática e mestre em Economia Matemática.
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