Faltando pouco mais de um ano para as eleições estaduais de 2026, os primeiros sinais de tensão começam a surgir dentro da base aliada do governador Rafael Fonteles (PT). A principal disputa gira em torno da vaga de vice-governador, hoje ocupada por Themístocles Filho (MDB), que corre o risco de não ser reconduzido na chapa majoritária.
O próprio governador teria sinalizado, em reunião recente, a intenção de modificar a composição. Já há, inclusive, consenso em torno dos nomes que irão disputar as duas vagas ao Senado: os senadores Marcelo Castro (MDB), que tentará a reeleição, e Júlio César (PSD).
A possibilidade de mudança na vice incomodou aliados históricos do MDB. Em entrevista à imprensa, o deputado estadual Henrique Pires (MDB) defendeu a manutenção de Themístocles na chapa, destacando a lealdade política do atual vice-governador e afirmando que o PT precisa compartilhar o protagonismo na gestão estadual.
“É um desejo legítimo do PT querer a vice também, mas o poder tem que ser dividido. Themístocles tem sido um vice muito leal, não só administrativamente, mas politicamente. Quando não tivemos candidatura própria à Prefeitura de Teresina, inclusive contra a vontade do partido, a pedido do governador Rafael, indicamos o vice, Dr. Paulo Márcio”, argumentou.
Henrique Pires ainda revelou que o vice-governador está incomodado com as especulações sobre sua exclusão da chapa majoritária. O parlamentar sugeriu que o MDB deve ser contemplado novamente e cobrou mais espaço dentro da coalizão.
“É natural que ele esteja incomodado. É um ser humano. Não discuto outro tipo de compensação, mas repito: o PT precisa abrir mais espaço nessa governança de coalizão”, concluiu.
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