O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (4) que parte do aterro sanitário da capital, localizado no bairro Santo Antônio, zona Sul, será cercada e um galpão desativado será transformado em espaço de apoio para os filhos de catadores. A medida foi tomada após visita de secretários municipais ao local e a elaboração de um relatório sobre a situação do espaço.

Em reunião com vereadores no Palácio da Cidade, o prefeito explicou que o cercamento ocorrerá na área onde o lixo é descarregado e destacou que o galpão vai funcionar como ponto de acolhimento para crianças, com apoio da Secretaria de Educação. A ideia é manter os filhos das catadoras longe da área de risco, sem impedir a presença das mães no local de trabalho.

A discussão sobre o aterro ganhou destaque após a morte de David Kauan, de 12 anos, atropelado por um trator enquanto dormia no lixão. Para evitar novas tragédias, o município também pretende transferir o destino do lixo doméstico para aterros privados, deixando o atual aterro da Prefeitura apenas para resíduos de capina, varrição e construção civil.

Outra ação anunciada foi o reforço na segurança. Atualmente, o local conta com seis agentes, mas esse número deve aumentar para mais de 50. O presidente da Câmara Municipal, Enzo Samuel (PDT), afirmou que a ampliação do efetivo terá apoio do Legislativo e ajudará a controlar o acesso à área.