O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), comentou nesta quinta-feira (3) a saída de Charles da Silveira da presidência da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Em entrevista telejornal Piauí TV 1, Silvio lamentou a decisão, mas reforçou que a FMS é um órgão subordinado ao Executivo municipal e que qualquer divergência sobre hierarquia deve ser vista dentro da estrutura administrativa da prefeitura.
“A Fundação Municipal de Saúde é um órgão da Prefeitura de Teresina. Ela se submete às regras da gestão pública municipal. Queixar disso ou daquilo, eu não vou ficar discutindo isso”, afirmou.
Charles deixou o cargo na quarta-feira (2), alegando quebra de hierarquia e interferência nas decisões administrativas da pasta, que estariam sendo tomadas sem seu consentimento. O prefeito, por sua vez, minimizou o episódio e atribuiu a saída do ex-presidente a um momento emocional. “Foi uma decisão dele. Não foi uma boa notícia, mas foi um episódio de ser levado pela emoção. Em gestão pública, a gente tem que dominar a emoção”, declarou.
Silvio Mendes qualificou o ex-secretário como “um homem experiente” e “de muitas virtudes”, dizendo que os dois mantêm uma relação próxima há mais de duas décadas. Segundo o prefeito, essa não foi a primeira vez que o professor Charles pediu exoneração por divergências internas. “Neste ano, ele já pediu pela segunda vez. Na primeira, ele pediu por um motivo que não foi relevante. Tanto não foi, que ele pediu para voltar e eu aceitei. Agora, por um motivo que eu acho também que foi exagerado, eu preciso respeitar”, comentou.
Enquanto o novo nome não é definido, o dentista Francisco Pádua assume interinamente a presidência da FMS. Silvio Mendes também afirmou que pretende acompanhar mais de perto as ações da Fundação nos próximos dias. “Se precisar, eu vou para lá e ajudo. Se tem uma área que eu conheço é a saúde. Fui gestor lá durante 12 anos. Mais da metade do que a Fundação tem fomos nós que fizemos. Eu estou aqui para trabalhar”, concluiu.
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